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Afinal, quais os custos dos acidentes de trabalho para as empresas?
Os custos dos acidentes de trabalho no Brasil ultrapassam R$ 100 bilhões ao ano, segundo estimativas de estudo da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), ligada à Universidade de São Paulo (USP). Na mesma proporção das despesas, também é alarmante a quantidade de problemas desse tipo.

Segundo Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho do Ministério Público do Trabalho (MPT), o país somou 4,26 milhões de acidentes dessa categoria em um período de cinco anos. O órgão aponta também que, nesse mesmo intervalo, a Previdência Social arcou com R$ 26,2 bilhões em benefícios como pensão por morte, auxílio-doença, auxílio-acidente e aposentadoria por invalidez.

Em média, são desembolsados cerca de R$ 10 bilhões ao ano por causa desses imprevistos, de acordo com Associação Nacional dos Procuradores do Trabalho (ANPT).

Quer saber mais sobre os custos dos acidentes de trabalho e seus reflexos para a gestão estratégica? Então veja dicas importantes neste post!
Entenda como a segurança do trabalho ajuda a reduzir despesas
Independentemente do valor exato despendido em cada organização, é inegável que os acidentes implicam mais despesas para as companhias. Muitas vezes, esses gastos não estão completamente perceptíveis.
Por exemplo: um acidente de trabalho, além das indenizações legais trabalhistas, pode acabar em um processo judicial. Nesse cenário, a quantia a ser desembolsada pode alcançar níveis astronômicos, dependendo das consequências para o funcionário afetado.
Na contramão disso, as empresas que aplicam recursos em medidas de prevenção de ponta conseguem minimizar as chances de acidentes. Como consequência, também caem as ameaças de conflitos jurídicos.
É preciso pôr também nessa conta as somas com o que a empresa deixa de ganhar. Afinal, se a companhia interromper a produção para socorrer um colaborador, essa parada também terá um preço.
Em outras palavras, os investimentos em segurança preventiva são muito pequenos quando comparados aos custos dos acidentes de trabalho.
Saiba a diferença entre gastos diretos e indiretos
Muitos gestores estão preocupados com o desempenho da concorrência e também com a necessidade de restringir os gastos corporativos. Nesse sentido, ficar atento às regulamentações pode significar uma excelente sobra no caixa da empresa.
Para realmente estimar quanto a sua companhia perde em custos dos acidentes de trabalho, divida essas despesas em duas categorias: diretas e indiretas.
Vamos a exemplos práticos?
Custos diretos
Aqui, devem entrar as despesas médicas e odontológicas, inclusive eventuais internações hospitalares. Não se esqueça de que possíveis cirurgias também são capazes de engrossar essa quantia.
Se houver alguma redução na capacidade de trabalho do funcionário, ele terá que receber um auxílio-acidente. Isso sem contar os gastos com o seguro.
Custos indiretos
Pode ser preciso contratar outro profissional por determinado período. Para cobrir um acidentado afastado, a organização terá que substituí-lo ou pagar horas extras para os atuais funcionários.
É bom também lembrar de eventuais danos a máquinas e equipamentos. Se o acidente ocorrer em razão de negligências ou irregularidades, haverá ainda gastos com multas. Por essa razão, nada compensa a falta de investimentos na prevenção de riscos.
Conheça algumas medidas de precaução
A rotina de trabalho, principalmente quando envolve riscos de acidentes, precisa ser muito bem organizada e disciplinada. Os colaboradores têm de saber antecipadamente quais são as ameaças presentes em seus ambientes profissionais.
Segundo o MPT, mais de 90% dos acidentes de trabalho poderiam ter sido evitados com ações planejadas. Veja algumas providências cruciais:

• ambiente em ordem — um pacote fora do lugar, deixado no chão, por exemplo, pode causar quedas graves;
• uso adequado de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) — luvas, óculos, botas e afins devem estar em boas condições e serem utilizados do jeito correto;
• manutenção de máquinas — faça a revisão nos períodos indicados pelos fabricantes;
• planos de gestão de risco — elabore um programa minucioso para lidar com as chances de acidentes em toda a fábrica; é possível terceirizar esse estudo.

Os custos dos acidentes de trabalho, portanto, não são fáceis de serem calculados. De qualquer forma, é inegável o quanto eles atrapalham a rotina produtiva e os resultados financeiros. Com um bom investimento em segurança do trabalho, você diminui sensivelmente esse tipo de gasto.

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